terça-feira, 17 de fevereiro de 2015

Richa, Alckmin e tantos outros que não são frutos do acaso

Beto Richa, Geraldo Alckmin, dois entre tantos péssimos homens públicos brasileiros, não são obra do acaso, não nasceram por geração espontânea.

Existe um ditado bem antigo que diz o seguinte: "Quem pariu Mateus que o embale."

Quando leio que professores paranaenses, entre outras categorias profissionais, estão indignados com o tratamento que recebem no governo do Estado, eu me pergunto: "Uai, mas como deixaram o homem se reeleger governador?"

Professores, supõe-se, não são idiotas completamente desinformados. Pelo menos não a maioria. Assim, poderiam ter feito mais, durante a campanha eleitoral, para impedir que a excrescência chamada Beto Richa se reelegesse.

Se fizeram algo, foi pouco.

Muito pouco.

Da mesma forma os paulistas, que parecem adorar um político que recebeu o apelido de "Picolé de Chuchu", tal a sua falta de personalidade, não têm do que reclamar sobre segurança, moradia, emprego, transportes, e, mais recentemente, do colapso do abastecimento de água.

Alckmin não é fruto do acaso - há duas décadas os cidadãos de São Paulo o aclamam como um notável governante e um excepcional líder.

Beto Richa e Geraldo Alckmin são dois bons exemplos do que está se transformando o Brasil, vítima de uma mídia partidarizada, que protege escandalosamente seus amigos e persegue implacavelmente seus inimigos; da falta de políticas públicas em quase todas as áreas; do assalto às instituições por gangues de meliantes; da irresponsabilidade de empresários movidos pela cobiça; de quintas-colunas dispostos a vender as riquezas nacionais por menos que os 30 dinheiros de Judas; de uma classe média inteiramente emburrecida; dos disparates homofóbicos e reacionários de fundamentalistas religiosos - só para citar alguns dos entraves que impedem o país de se modernizar.

A educação do Paraná - entre outros setores - faliu?

São Paulo é hoje um comboio que se arrasta miseravelmente pelos trilhos da modernidade? 

Que tal as pessoas começarem a ser um pouco menos estúpidas, preconceituosas e irresponsáveis?

Porque, apesar de tudo, a sociedade nada mais é do que a soma das individualidades.

4 comentários:

  1. Quem pariu Mateus que embale. Agora haja paciência pra aturar esse Mateuzinho. O moleque safado!

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  2. Ouvi com os meus ouvidos gente dizer que odeia o Alckmin, reconhece a destruição a que os tucanos estão levando o estado de São Paulo, mas que nele votou como uma forma de protesto, como materialização de um voto antipetista; não usou as palavras, mas deixou subentender que foi uma forma de extravasar o ódio pelo PT, por Dilma, Lula e... pelos pobres.

    Em seguida, vi desses especialistas em pessimismo geralmente convidados de canais tipo GloboNews reforçando que a surpreendente votação de Alckmin foi, realmente, uma maneira de confirmar o antipetismo, que de tão grande não se poderia resumir ao sufrágio em Aécio para presidente, tinha que ser confirmado em Alckmin, apesar de o governador paulista, segundo ele, não vir passando por "bons momentos".

    A coisa estava tão séria, que o sabichão até ousou corrigir a apresentadora quando ela falou que São Paulo era reduto do tucanato, para explicar que o estado era, antes, um mero reduto antipetista.

    Deve ser mesmo. E deve ser também, talvez, o caso do Paraná, haja vista que, lá, também Aécio deu uma goleada, e o governador Richa, a despeito do, até onde sei, comandar um governo cheio de problemas, conseguiu reeleger-se em primeiro turno.

    Pois em São Paulo com certeza e, provavelmente, no Paraná, temos governadores horríveis sendo reeleitos com facilidade porque as pessoas estão bronqueadas com Dilma, PT etc.

    O paulista e o paranaense agiram como numa velha piadinha de Ari Toledo que ouvi há alguns anos. Desnecessário dizer que ela é impublicável. Vou tentar contá-la usando expressões civilizadas. Já aviso que vai perder uns 90% de sua graça, mas vai dar para captar a ideia. Quem quiser, imagine Ari Toledo contando-a na forma desabrida a que ele está acostumado.

    Um português (sempre os portugueses, coitados!), heterossexual é bom que se diga, chega à casa mais cedo e - oh desgraça - encontra a esposa na cama com outro. Ultranervoso, o português sente vontade de matar os dois, mas seu ódio é principalmente da mulher. Respira fundo, ainda ali vendo a mulher deitada com o outro homem, pensa melhor antes de tomar uma atitude drástica, e avisa a ela: "Deveria matá-la. Mas vou fazer melhor: já que me traíste com outro homem, vou pagar-te com a mesma moeda agora mesmo". O português saiu para a rua e entregou-se ao primeiro homem que encontrou!

    Fala a verdade, é o paulista e, provavelmente, o paranaense se vingando do desgraçado do PT!

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