Teve gente que acreditou e, como nos tempos de de FHC, comprou velas para se precaver do desastre.
Como se viu depois, não faltou energia.
Ao contrário, a conta de luz caiu, novas usinas foram inauguradas, o sistema energético brasileiro se mostrou muito seguro.
Mas os jornalões fizeram a sua parte na guerra empreendida pela oligarquia para derrubar os trabalhistas, como bons e disciplinados soldados.
Hoje, com a estiagem prolongada, o abastecimento de água da região metropolitana de São Paulo está perto do colapso.
Ninguém da chamada "grande imprensa" parece se preocupar com isso.
A exceção talvez tenha sido o moribundo Estadão, que deu uma matéria, a respeito.
Sem muito destaque, é bom que se diga.
Mas estava escrito lá:
"Com o mais baixo volume de chuva da história para o mês de dezembro, os reservatórios do Sistema Cantareira - principal fonte de abastecimento de água das regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas - atingiram seu pior nível de armazenamento dos últimos 10 anos. Em uma época que eles deveriam ser recarregados, as represas estão com 25% de sua capacidade e liberando água para garantir o abastecimento nesse atípico período de seca no verão.
O cenário colocou em estado de atenção a Companhia de Abastecimento do Estado de São Paulo (Sabesp) - que opera o Cantareira -, companhias de água do interior e órgãos gestores das bacias hidrográficas, que emitiram alertas essa semana sobre o risco de desabastecimento nos próximos meses, caso não comece a chover em maior volume.
"É um cenário bastante preocupante. De dezembro a fevereiro são os meses que chove muito. É quando é feito o armazenamento de água nos sistemas para garantir o abastecimento durante o inverno, que chove muito pouco", explica José Cezar Saad, do Consórcio das Bacias do Piracicaba, Capivari e Jundiaí."
A situação de hoje, domingo, dia 12 de janeiro, segundo a própria Sabesp, é a seguinte: Cantareira está com 25,3% de sua capacidade. Há três meses, tinha 39%; há um ano, 49,2%.
Não se vê, na televisão, nenhum apelo veemente das autoridades paulistas para que a população economize água.
Não se vê, na imprensa, nenhuma manchete alertando para a gravidade do problema.
Como se sabe, São Paulo é um feudo tucano há duas décadas.
Há 20 anos, portanto, a mídia paulista blinda as administrações estaduais.
Elas não fazem nada de errado, nunca mereceram e nunca vão merecer manchetes negativas.
A Sabesp é uma estatal que investe muito em publicidade - até mesmo em outros Estados, coincidentemente em época de eleição.

empresa se em alguns meses for anunciado, por exemplo, um rodízio no abastecimento de água.
Seria um vexame e tanto para
o Estado mais rico da federação.
E para essa notável administração tucana,
que tira de letra qualquer denúncia
sobre a lisura de suas ações, que são, é claro, sempre em favor do contribuinte, sempre a favor do interesse público.
Meu caro Motta, você sabe muito bem que se vier o desbastecimento, eles botam a culpa na Dilma, o Haddad, o Lula e o PT, e os coxinhas vão acreditar.
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